quarta-feira, 8 de junho de 2016

afeto pelo nada

Não sou solitário, mas também não sou útil, nunca me usaram...será  que isso é bom? Ou ruim? Não lembro quando cheguei nesse lugar, vim de um lugar com muitos iguais a mim, eles eram bem vermelhos, tem um lugar aberto, tipo uma mangueira, mas isso foi o que eu vi, para que que serve eu já não sei... quando cheguei aqui me colocaram suspenso, sempre tive medo de altura , mas o que eu poderia fazer não é mesmo? Já tenho 2 anos! Mas nunca deram bola para mim, toca um imenso barulho que agora já me acostumei, mas que é realmente horrível, e chegam coisinhas correndo, e andando na minha frente sem nem olhar para mim, apelidei elas de demôninhos, gritam muito, isso me irrita um pouco...passam minutos mais minutos, horas e mais horas, dias e mais dias... e sempre a mesma coisa, olho para uma pilastra branca e cinza sem graça, olhos as pessoas passando perto de mim e as vezes esbarrando, tirando até foto comigo, mas mesmo com tudo isso, me sinto tão sozinho, inútil, para que estou aqui? Para o que eu sirvo?

O que é o amor? “Amor vem do latim amore, uma emoção ou sentimento que leva a uma pessoa a desejar o bem da outra...” por que isso não acontece comigo? Eu sinto alguma coisa, tenho sentimentos? Sou feliz! mas preciso que me ajudem a transbordar. Talvez cada um tenha seu amor, e acho que sempre vou amar o nada...

2 comentários:

  1. Lara, seu processo foi bem interessante. Sem dúvida você desenvolveu seu olhar de cronista, e as reflexões que você apresenta em seus textos são ricas. Porém, ainda é necessário elaborar melhor a linguagem, pontuação e, consequentemente, clareza do seu texto. Em outros termos: é preciso "burilar" suas ideias e sentimentos.

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  2. Fiquei confusa de que objeto é essa crônica. Acho que poderia ser mais desenvolvida, isso dos sentimentos; Além da pontuação, que também pode melhorar.
    Na última parte, conhecendo você e as pessoas da sala, fiquei crente que era uma crônica da Cecilia, ainda vai com o termo "transbordar",e fui ver se era o seu blog mesmo.
    Enfim, gostei da crônica, ótimas reflexões.

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