No Air Cross da minha mãe o reloginho atrás da direção
dava 18:30 em Itu. Quando passávamos no córrego Bartolomeu em sentido ao
mercado. Eu de longe avisto um homem, vestido de palhaço, ele era baixo,
mediano, tinha 1,66M mais ou menos, vestia
um macacão de bolinhas verdes, um tênis bem velho, estava até
rasgado. Uma peruca de bolinhas
coloridas, verde, rosa, azul, vermelha e laranja, o famoso nariz de palhaço, um
vermelho forte e reluzente como o do farol que havia ficado vermelho.
Quando olhei ele com mais detalhe uma lagrima escorreu do
meus rosto, veio na minha cabeça quando tinha 6 anos, e ia todo final de semana
olhar um palhaço no farol da esquina da minha casa, minha mãe dizia que ele
havia se mudado, mas quando cresci um pouco mais, ela me disse que o palhaço
havia sido atropelado, mesmo não vendo mas os curtos shows de 3 minutos e meio,
fiquei com uma tristeza sem fim quando soube do ocorrido. Quando “volto” da
minha viagem de pensamentos percebo que não saímos do lugar, meu olho ainda com
lagrimas que eu não sabia ao certo se eram de tristezas ou emoção... queria
voltar a ver os shows todo dia como já tive de costume, me faziam tão alegre, e
hoje em dia quem não precisa de um show de gracinhas e malabares para alegrar
um dia talvez não tão bom...
Aquele transito estava de morrer, o palhaço esta lá
fazendo o show sem descanso. Como as ardentes buzinas não atrapalhavam? Quando
finalmente os carros começaram a andar ele passava no meio pedindo por moedas
pelo trabalho que ele havia feito. Mesmo não ganhando muito ele estava com
sorriso no rosto quando davam notas de 2 reais, ele poderia fazer por hobbies,
mas ele tinha uma expressão tão marcante para mim, indescritível, mil
pensamentos passavam na minha cabeça naquele momento.
Ficamos naquele córrego por uns 15 minutos, um transito
realmente chato para a maioria das pessoas, mas para mim, 15 minutos de
pensamentos profundos e gostosos de viajar na cabeça, levantando cada memoria,
procurando coisas lá no fundo da cabeça e do coração.
Belas imagens. Acho que deveria entrar um pouco mais na história do palhaço que via quando era menor, mas não excessivamente, se não o texto pode ficar mais entediante (não que isso tenha acontecido, não achei entediante, muito pelo contrário, a vontade é continuar lendo).
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