sexta-feira, 8 de abril de 2016

Palhaços da minha vida



          No Air Cross da minha mãe o reloginho atrás da direção dava 18:30 em Itu. Quando passávamos no córrego Bartolomeu em sentido ao mercado. Eu de longe avisto um homem, vestido de palhaço, ele era baixo, mediano, tinha 1,66M mais ou menos, vestia  um macacão de bolinhas verdes, um tênis bem velho, estava até rasgado.  Uma peruca de bolinhas coloridas, verde, rosa, azul, vermelha e laranja, o famoso nariz de palhaço, um vermelho forte e reluzente como o do farol que havia ficado vermelho.
         Quando olhei ele com mais detalhe uma lagrima escorreu do meus rosto, veio na minha cabeça quando tinha 6 anos, e ia todo final de semana olhar um palhaço no farol da esquina da minha casa, minha mãe dizia que ele havia se mudado, mas quando cresci um pouco mais, ela me disse que o palhaço havia sido atropelado, mesmo não vendo mas os curtos shows de 3 minutos e meio, fiquei com uma tristeza sem fim quando soube do ocorrido. Quando “volto” da minha viagem de pensamentos percebo que não saímos do lugar, meu olho ainda com lagrimas que eu não sabia ao certo se eram de tristezas ou emoção... queria voltar a ver os shows todo dia como já tive de costume, me faziam tão alegre, e hoje em dia quem não precisa de um show de gracinhas e malabares para alegrar um dia talvez não tão bom...
        Aquele transito estava de morrer, o palhaço esta lá fazendo o show sem descanso. Como as ardentes buzinas não atrapalhavam? Quando finalmente os carros começaram a andar ele passava no meio pedindo por moedas pelo trabalho que ele havia feito. Mesmo não ganhando muito ele estava com sorriso no rosto quando davam notas de 2 reais, ele poderia fazer por hobbies, mas ele tinha uma expressão tão marcante para mim, indescritível, mil pensamentos passavam na minha cabeça naquele momento.
        Ficamos naquele córrego por uns 15 minutos, um transito realmente chato para a maioria das pessoas, mas para mim, 15 minutos de pensamentos profundos e gostosos de viajar na cabeça, levantando cada memoria, procurando coisas lá no fundo da cabeça e do coração.

Um comentário:

  1. Belas imagens. Acho que deveria entrar um pouco mais na história do palhaço que via quando era menor, mas não excessivamente, se não o texto pode ficar mais entediante (não que isso tenha acontecido, não achei entediante, muito pelo contrário, a vontade é continuar lendo).

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